sábado, 29 de maio de 2010
Anatomia dos Desiludidos.
"Os médicos estão fazendo a autópsia
Dos desiludidos que se mataram
Que grande coração eles possuiam
Viscéras imensas, tripas sentimentais
E um estômago cheio de poesia."
(Drummond).
Faz sol lá fora.Um dia bonito,reluzente,com pássaros cantando e borboletas fazendo o seu ritual matinal.Sinto uma inveja enorme.Queria que aqui dentro estivesse assim,e não esse mau tempo que pairou sobre mim e custa a passar.
Os ossos fracos de tanto suportar o peso das ilusões.
Os pulmões procurando ar puro,cansados de tragar a fumaça do que foi queimado com o tempo.
O coração sem saber o ritmo certo de bater,bombiando litros e mais litros de veneno por todo o corpo.
O imunológico sem defesas,atacado pelo vírus solidão.
As artérias e veias entupidas de gordurosos sonhos despedaçados.
O sabor amargo na boca por desferir palavras torpes e muito mal digerí-las.
O corpo enfadado.
A mente fervendo como um caldeirão.
As pálpebras pesadas.
Os olhos funestos.
A alma gritando:SOCORRO!Mataram-me em vida!
Autora: Vanessa Monique
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13 comentários:
Gostei muito do que você escreveu, e do seu blog também (:
O seu poema descreve como eu me sinto em certos momentos, uma completa desiludida :f qw gostei mesmo
Beijos :*
Os textos são sempre tão bonitos e profundos, gosto bastante..
É vermelhor tem que saber pintar, eu vou na manicure que é garantido =D
Beijão querida.
lindo...
O amor é que nem porre. Quando estamos sob seu efeito é maravilhoso, mas quando passa temos que aguentar a ressaca. É o amor cobrando seu preço.
O negócio é deixar o coração absorver esse sentimento, assim como o fígado absorve o álcool.
O tempo é sempre o melhor remédio.
Mas dói..... Ahhhh....!!! Como dói!!! Eu sei!!!
Lindo texto. Parabéns!!!
Beijo gostoso pra ti, Lindona!!!
Oieee , passando para te desejar uma linda semana ^^
beijos
Menina
Abra a janela e deixe entrar a luz. Não deixe murchar a alma, que é insubstituível. E para curar desanimo e males de amor, não há nada como lavar a cara, dar dois gritos, e partir ao encontro do próximo, fazendo feliz quem nos passa ao lado. E como quem não nos quer, não nos merece, então está triste porquê. A vida é só uma. Há que vivê-la bem.
Luz
Olá Vanessa, primeiro gostaria de te agradecer pela visita. Aproveitei para ler um pouquinho no seu Blog e adorei!!!Você escreve de corpo inteiro e com muita emoção. Voltarei por aqui com sua permissão! Ótima semana!
Ótimo texto :)
Bom, desculpe vir aqui, mas venho te convidar para participar do Projeto Sílaba Tônica. Contamos com a sua participação. Obrigada
http://asilabatonica.blogspot.com/
Boa semana
Obrigada pela visita querida!
Adorei seu blog.
Vou seguir vc!
volte sempre!
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Há mais de ti nos versos que na própria palavra! Falo assim por experiência desses tempos encobertos pela estrada-vida...
Mas, ainda assim, cabe-me aqui o comentário por meio de uma singela estrofe nesses versos teus:
E quando as nuvens formam um lençol aquecendo o firmamento, o jeito é descansar mais um pouco. Descansar é recobrar energia. Lembrando alguns versos de Renato Russo pra adocicar o pensamento e embalar o soninho: “quando o sol bater na janela do teu quarto”, fico daqui aguardando novas palavras, palavras pra quando o dia bonito lá de fora for apenas mero reflexo do céu de brigadeiro do lado de dentro – mesmo que lá fora venha a chover! Mas, repito, chuva só lá fora!
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Como sempre, palavras escolhidas a dedo, lindas.
Beijos querida
Faço minhas as palavras do nosso amigo Paulo. Quando passa, socorro, hahahaha. Haja ressaca pra tanta nostalgia! Amor é assim mesmo... Fazer o quê. Muito lindo o seu texto!
Beijos pra ti!
O pior cansaço
certamente,
é de nós mesmos.
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