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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Mulheres!



Foto: www.deviantart.com

"Era uma vez... numa terra muito distante...uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima.
Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico...
Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito.
Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa.
Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo.
A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre...
Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:
- Eu, hein?... nem morta!"
(Luís Fernando Veríssimo)


Engraçado,engraçado não!Caótico e infeliz como nós mulheres somos condicionadas a acreditar no tal príncipe encantado que irá nos salvar dos algozes desse mundo,como se eles existissem.
A gente passa a vida toda (tem umas que sim,outras acordam para a realidade) acreditando nos contos de fada que sempre acabam com um
HAPPY END.
Porque não ensinam para nós desde cedos que a vida não é desse jeito?Que se tem muito que aprender e que nós podemos nos virar sozinhas?
Não precisamos ter o tempo todo alguém nos dizendo o que fazer,o que vestir,o que pensar...Podemos e devemos trilhar nossos caminhos com nossas próprias pernas.
As vezes paro e vejo quanta mulher inteligente e forte( elas nem sabem que são assim) enfurnadas dentro de suas casas vivendo uma vida tão pobre de sentimentos,de sensações,de descobertas por terem se anulado por causa do tal "príncipe encantado" que no final das contas,muitas das vezes acaba virando um "sapo" chato,barrigudo e sem graça.
Ano passado estava eu na biblioteca da faculdade dando umas olhadas em uns livros e me deparei com um já antigo,mas que o nome me chamou muito a atenção.
Esse livro se chama
"Complexo de Cinderela" que não é uma história de conto de fadas bonitinho que a gente costumava ler quando criança,mas que trata sobre o assunto de forma interessante.

"Complexo de Cinderela é um conjunto de desejos reprimidos, memórias e atitudes distorcidas que se iniciam na infância, na crença da menina de que sempre haverá uma outra pessoa mais forte para protegê-la. Fomos criadas para depender de um homem e ficarmos apavoradas sem ele. Esta crença vai se solidificando, formando raízes, mantendo na mulher adulta um sentimento de incapacidade e inferioridade, que dificulta a consciência de suas mais profundas necessidades e desejos, pois inconscientemente os sabota e assim, permanece dependente."
(http://www2.uol.com.br/vyaestelar/complexo_edipo_cinderela.htm)


Não é assim que somos educadas?Se lá isso for educação.
Quantas mulheres que saem de um relacionamento para o outro por puro medo de ficarem sozinhas,pois aprenderam que não podemos ser sós,que a nossa maior conquista é o casamento,uma casa e filhos,claro que muita coisa tem mudado conforme o tempo,mas ainda o principal objetivo da mulher precisa ser a família.
Se ela tiver que renunciar seus sonhos de uma carreira brilhante tudo bem,sem problemas,nada é mais importante que um marido trabalhador,uma casa bem arrumada e filhos para criar.
Como desde os primórdios,desde que o mundo é mundo a coitada é sempre deixada de lado.
Tão frágil,tão delicada,tão sensível,precisa ser cuidada por alguém,porque não sabe o que faz,não sabe aonde ir...
BALELA!Essa história de sexo frágil é tudo invenção.
Sim,somos mais sensíveis,nos compadecemos muito mais com as mazelas que assombram o mundo de uma forma tão mais humana,com aquele sentimento maternal que de vez em quando florece querendo abraçá-lo e fazé-lo dormir no nosso colo como se fosse um filho.
A minha teoria é que na divisão de "bens e maus humanos" deixaram essa parte para nós cuidarmos e a parte de mais viril,trabalhador e o sentimento de "eu comando o mundo" para os homens,que não querem dividir com a gente e demoram a aceitar que por mais que tenhamos graus de diferenças somos iguais em outros parâmetros.
Iguais por termos sonhos.
Iguais por querermos o melhor.
Iguais por possuirmos sentimentos que podem ser destruídos em frações de segundos e para reconstruí-los custa um bocado e não é nada fácil.
Iguais nem que seja pela parte que nos toca como seres humanos com seus direitos e deveres.

Vanessa Monique.

6 comentários:

O Neto do Herculano disse...

A vida não é um conto de fadas, felizmente. E os estereótipos criados só afastam as pessoas delas mesmas.

Relativizando Absurdos disse...

Nossa.. amei o texto.. e tudo que ele passa. Nós mulheres somos desde sempre mostradas com fragilidade extrema e necessidade de ser sempre fraca e tals...

Mas nós sabemos o quanto somos fortes, e podemos ser muito mais nesse mundo.

beijinhos mil

Por Sami

Kassia Nobre disse...

Um professou meu comentou que frágil é um termo ultrapassado para nós mulheres. Delicada seria melhor, segundo ele. Concordo em partes, porque adoro a nossa delicadeza única na forma de enxergar o mundo. Mas nada que nos deixe dependentes do sexo oposto, ok?

bjos

Kassia Nobre disse...

professor*

Livia disse...

Oi Vanessa!
Estou passando p/ convida-la a conhecer o meu blog e participar da promocao de maio: sorteio de uma copia em ingles do livro Wicked Lovely da autora Melissa Marr. Se vc gostar, passa la!
www.wishingabook.blogspot.com

Livia disse...

Oi Vanessa!
Obrigada pela visita ao meu blog!
Sim, o livro Wicked Lovely eh em ingles. Infelizmente meu blog so sorteia livros em ingles, devido a minha total falta de acesso a eles em portugues... Desculpe!
Que pena q vc nao gosta de Twilight, vc ja leu os livros? Os filmes sao pessimos perto dos livros, mas p/ os fans q nao tem mais os livros (ja q a serie esta parada) os filmes matam a saudade! =)

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