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quarta-feira, 15 de junho de 2011

A Essência da Vida.





A vida é feita de desafios desde a hora em que chegamos ao mundo.
Enfrentamos dos mais rotineiros até aqueles em que parecem não ter solução, e são justo estes que nos motivam a “correr” atrás dos nossos sonhos e ideais  afim de transformá-los em algo palpável.
Mas para a construção de cada um deles é preciso passar pelos obstáculos que a vida nos impõe com dedicação, sincronia, prática para solucionar os problemas e a palavra de ordem fundamental: disciplina.
É preciso estar disposto a se privar de certas vontades e arriscar algumas certezas para buscar os objetivos que você têm na vida.
O conhecimento e autonomia intelectual não se consegue do dia para a noite, é algo que nunca se preenche, mas é um ciclo sem fim de buscas.
O ser humano é construido aos poucos, sendo formado com as experiências adquiridas, personalidade, sonhos e ciência, sendo esse último desfazendo algumas vezes nossa subjetividade, aquilo que nos diferencia de qualquer outra pessoa, por maior carga genética parecida que ela possa ter conosco.
O que não pode ser perdido no meio de toda essa busca da intelectualidade é a essência de cada um, são as suas verdades, seus sentimentos, sua sensibilidade, suas crenças, em parte quando vamos criando certo domínio sobre o intelectual vamos sendo moldados de forma mais estática e insensível, vão ficando pelo caminho fragmentos da nossa verdadeira identidade e aos poucos vamos deixando de sermos quem éramos antes.
É certo que assim como a lagarta que vira borboleta o ser humano também sofre metamorfose em diferentes áreas e tempos de sua vida e isso é fundamental para o crescimento de cada um, mas no final das contas aquela linda e vistosa borboleta nunca deixará de ser a lagarta que era antes, a única diferença são as suas novas vestimentas, mas a essência do ser é a mesma.
A vida é um desafio para aqueles que pensam e sentem de forma diferente.

Vanessa Monique


sexta-feira, 8 de abril de 2011

Quem Sou.




Difícil explicar, porque qualquer forma de me definir consequentemente vai me limitar, e limite é algo que eu não conheço, interiormente falando.
Sou uma profundeza de segredos, mistérios, dúvidas, certezas, sentimentos, individualismo,coletividade... paradoxos e mais paradoxos descreveriam parte de mim, mas nunca por completo, pois sou um ser na busca da minha verdade, que pode não ser a mesma que a sua e não faço questão que seja, aliás todo ser humano funciona de forma única e é preciso respeitar as cabeças alheias.
Sou decidida, sei muito bem o que quero, como me vejo amanhã ou mesmo daqui a muitos anos.
Vou até o fim pelo que acredito e vou sempre além do que eu mesma posso imaginar.
Falo o que penso na hora em que acho certa, mas o meu silêncio é a minha GRANDE "palavra", já fala por si só.
Sou dona de uma personalidade extremamente forte e não empresto ela pra ninguém, ou seja, não sou fácil de domar, quanto mais minhas opiniões formadas através de experiência e conhecimento.
Só não confunda isso com a minha incrível capacidade de respeitar opiniões diversas, isso não influencia
meu poder de decisão.
ODEIO que se metam na minha vida, dê palpite do que eu deveria ou não fazer, pensar, me comportar, falar, me vestir, qualquer coisa, mas qualquer coisa mesmo, então por favor, não se meta aonde não é chamado, isso é uma  questão de educação básica, aquela que nossos pais deveriam ter passado para nós, e também um pouco de vergonha na cara.
Não sei ser metade, não me contento com raspas e restos, me ofereça o melhor de você, assim conquistarás meu respeito e carinho.
Não sei sorrir quando estou chorando por dentro, e vice-versa, sou uma alma transparente que vez ou outra pode parecer meio turva, mas é essa a minha essência.
O mistério e o oculto me fascinam, gosto de deixar "coisas" nas entre-linhas então esteja sempre pronto para me ler, nem sempre vou deixar tudo claríssimamente claro.
Tenho uma paixão declarada pelas palavras, gosto das mais fortes, e são nelas que me encontro.
São meu escape. Quando escrevo me sinto na corrida de me sentir completa. São elas que me dão nova direção, um êxtase a mais de vida, constroem sonhos e demoli alguns que são necessários.
Adoro chocar os outros, e sabe porque?! Porque contribuo oferecendo um grau de realidade àquelas pessoas que precisam, que acham que a vida é da forma como elas pensam e agem, e são tão egoístas que não pensam que cada pessoa vive sua felicidade como bem quiser.
Engulo "n" sapos, nunca sei na verdade a quantidade certa, mas uma hora eu regojito cada um deles e é aí que eu firo sem tocar fisicamente. Eu firo usando palavras por ter domínio sobre elas.
Falo com os olhos, mesmo pequenos e rasgados sei utilizá-los muito bem. Fale comigo sempre olhando diretamente para eles, caso contrário vou remexer em cada canto seu o que estás tentando esconder.
E esse é um ponto crucial quando se trata da minha pessoa, nunca pense que está escondendo algo de mim, eu tenho uma perspicácia que nem eu mesma sei da onde vem, sou muito instintiva e farejo "segredos" no ar.
Prefiro ser chamada de inteligente do que de bonita, linda e afins.
Beleza passa, conteúdo convence. É clichê, mas é verdade.
Você nunca vai me convencer se só tiver uma carinha bonitinha. Por mais que a embalagem seja atrativa o que tem dentro dela é o que interessa.
I'm Free. Soy Libre. Je suis Libre. Sono Libero. Sou livre.
Em todas as línguas, em todo o tempo, em todo o espaço.
Crio asas a todo momento e estou sempre voando por aí.
Tenho muita coisa para aprender e viver. Tenho muito o que ser, o que ensinar.
Eu tenho muito de mim para ti.
E o que é de bonito em mim eu prefiro que você desvende, aos poucos, por favor, porque tudo é questão de tempo.
Se depois de tudo isso você ainda quiser andar ao meu lado, muy bien, esteja sempre pronto para correr riscos, até porque a vida é feita deles.

Vanessa Monique.


terça-feira, 1 de março de 2011

25/02/2011- 15 anos da morte de Caio Fernando Abreu.



Posso estar atrasada com o post, mas isso não interfere nos sentimentos que muitos devotam ao grande "Escritor da Paixão", que morreu no físico, mas está eternizado para sempre em nossos corações, mente, palavras, gestos, pensamentos, sentimentos e tudo o que há de bom no mundo do inteligível, do intocável, do abstrato...no mundo do sentir... do sentir por completo sem ter medo de ser feliz, de dizer o que sente, de demonstrar quem é.
Dia 25/02/2011 fez exatamente 15 anos que a literatura brasileira "perdeu", para mim, um dos melhores escritores que já pôde existir. Uma pessoa forte, inteligente, que ultrapassou barreiras dos preconceitos quanto a sua sexualidade e deixou exposto para todos os olhos verem que ele era muito mais do que certos conceitos... que ele era uma pessoa especial, com uma mente brilhante e ao mesmo tempo angustiante que só queria um espaço para ser feliz e que estava disposto a qualquer coisa de bom para isso.
Sei que você, Caio, não está mais fisicamente entre nós, mas o meu muito obrigada pelas suas palavras, seus sentimentos deixados na sua infinitude de textos e por todas as vezes "que eu te leio" é como se tudo fosse escrito por mim e para mim em diferentes épocas da minha vida.

Alguns fragmentos dos textos do nosso queridíssimo:












quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Outro Lugar.




Eu gostaria de agora estar em outro lugar, viajar para um lugar bem distante onde ninguém soubesse meu nome, minha história, nem conhecesse minhas marcas.
Um lugar em que eu pudesse conhecer gente nova sem me enfadar delas e que todas exalassem um ar puro de confiança e sensibilidade. 
Pessoas com a qual eu pudesse me expor sem reservas, sem medo.
Construir novos viezes, traçar planos certos, demolir fantasias exageradas e fazer dos melhores sonhos palpáveis.
Eu gostaria de me apaixonar e ser correspondida, sem ter que me decepcionar ao perceber que o outro não era o outro, mas era eu, eram as minhas projeções e ele não tem culpa das minhas frustrações, meu palpite errado, minha péssima jogada.
Eu gostaria de perceber nele algo mais grandioso do que tudo isso e ficar extremamente feliz ao conhecê-lo na sua verdade.
Eu quero alguém que ainda não chegou.
E justamente por isso estou eu aqui e agora sentada em frente de casa esperando ele passar e bater na minha porta.

Vanessa Monique.






 5:00 da manhã é um livro ousado, forte, que deixa o leitor com a sensação de ter levado um soco no estômago. É difícil imaginar como Cibele Dorsa teve coragem para mostrar com tanta franqueza o mundo das baladas noturnas regadas a muita bebida e drogas, para descrever com tantos detalhes a sordidez de uma vida que, vista de fora, parece ser feita apenas de brilho e risos. Uma vida na qual a autora mergulhou na tentativa de esquecer um trauma familiar.

Foi movida por um trágico acidente de automóvel, que a feriu gravemente e que causou a morte de um amigo muito querido, que Cibele sentiu-se encorajada a escrever esta obra, um grito de alerta que servirá para abrir os olhos de quem sonha em participar do glamour vazio e falso das noitadas desenfreadas de festas.

Acompanhe a autora nesse relato que leva o leitor das casas noturnas lotadas a um leito hospitalar. Mas que tem um final redentor de iluminação pessoal.

Obs: O sorteio ainda está rolando, não esqueça de participar:click aqui!

Também estou com um novo blog, entrem lá:




quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Sortilégio




Morda seus lábios ferozmente
a ponto de sentir seus dentes
brancos e afiados entrarem
em suas carnes e fazerem
jorrar sangue e espuma
consequente dos seus espasmos,
afim de aprisionar toda palavra maldita
e enganadora que queira sair da tua boca.

Engula das tuas falsas promessas
aos poucos para que sintas o sabor
amargo de cada uma delas
e ao caí-las em seu estômago
elas se tornem tão pesadas 
e de difícil digestão
fazendo com que sintas dores no ventre
tão terríveis que tenha que se contorcer
feito verme
trazendo a tona aquilo que realmente eres:
parasita de sentimentos humanos.

Sinta toda a minha repugnância
congelar seu corpo e seus órgãos vitais
calculadamente pedaço por pedaço,
torturando aos poucos sua debilitada saúde.
E se não quiseres ver aquele meu sorriso sarcástico
e os meus olhares expandindo e exalando fogo,
não grite, não implore, não derrame uma lágrima,
aguente firme e forte feito um cavalo.

Que todas as feridas que você abriu
em cada uma das mulheres que passou em sua vida
se alastrem pelo seu corpo
e ao abrirem rasguem suas carnes e roam os seus ossos...
não, eu não desejo que você morra,
pelo contrário,
desejo que viva de cem anos para lá,
até mais do que eu e toda a humanidade junta,
para que cada minuto e segundo da sua vida
sinta uma dor sem cura e sem remédio
que te faça enlouquecer sem que esqueças
de cada detalhe passado.

E não pense que quando a morte chegar
e desceres ao túmulo terás descanso,
esse será apenas o novo começo de suas mazelas,
porque esse é o preço que paga um traidor.



quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Uma Criatura




Sei de uma criatura antiga e formidável,
Que a si mesma devora os membros e as entranhas,
Com a sofreguidão da fome insaciável.
Habita juntamente os vales e as montanhas;
E no mar, que se rasga, à maneira do abismo,
Espreguiça-se toda em convulsões estranhas.
Traz impresso na fronte o obscuro despotismo;
Cada olhar que despede, acerbo e mavioso,
Parece uma expansão de amor e egoísmo.
Friamente contempla o desespero e o gozo,
Gosta do colibri, como gosta do verme,
E cinge ao coração o belo e o monstruoso.
Para ela o chacal é, como a rola, inerme;
E caminha na terra imperturbável, como
Pelo vasto arealum vasto paquiderme.
Na árvore que rebenta o seu primeiro gomo
Vem a folha, que lento e lento se desdobra,
Depois a flor, depois o suspirado pomo.
Pois essa criatura está em toda a obra:
Cresta o seio da flor e corrompe-lhe o fruto,
E é nesse destruir que as suas forças dobra.
Ama de igual amor o poluto e o impoluto;
Começa e recomeça uma perpétua lida;
E sorrindo obedece ao divino estatuto.
Tu dirás que é a morte; eu direi que é a vida.

Machado de Assis.


-Fairy querida, deixe o endereço do seu blog nos comentários, pois o seu perfil está como bloquiado.





quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Espero...



Sente-se e tome um cafezinho literário comigo...



Espero mesmo que eu não esteja deixando transparecer nenhum sentimento mais forte por você. Não é porque eu não queira ser correspondida, ou por ter vergonha, ou até mesmo medo de que você se afaste de mim, mas sim pelo fato de que eu gosto das coisas demoradas, com estética de jogo, ou filme de suspense.
Tem que me encantar. Tem que me levar na sua vibe, no seu sorriso GRANDE. Tem que me afogar na profundidade e densidade dos seus olhos rasgados. Tem que me puxar pela mão e fazer com que eu dance contigo, nem que sejam só as mãos bailando no ar.
E é verdade que tenho não só sentido borboletas no estômago quando estou perto de você, mas também vejo cada uma delas saírem pelos meus lábios quando te digo um simples: Oi!
Você me faz tão bem...Não sabe como... e o mínimo que quero fazer é retribuir esses embrulhos de felicidade instantânea que tens me dado.


Vanessa Monique






quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Florbela Espanca




Florbela Espanca (Vila Viçosa8 de Dezembro de 1894 — Matosinhos8 de Dezembro de 1930), batizada com o nome Flor Bela de Alma da Conceição, foi uma poetisa portuguesa. A sua vida de trinta e seis anos foi tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotização e feminilidade.


Fonte: WIKIPÉDIA






Não sou muito íntima dos poemas dela, mas alguns que conheço gosto muito. É muito interessante a estilística dela, e sempre digo brincando, mas que é muito verdade , que toda vez que leio seus poemas  fico deprimida. Tem algo de sombrio, misterioso e triste nos seus versos. A impressão que me fica é que ela nunca foi amada, e só soube o que era o amor nas suas ilusões, e que neles também era algo muito sofrido, inacabado, egoísta e totalmente utópico.


"O amor seria mais sangue e dor pungente, do que qualquer flor bela que brote na imaginação e nos corações das pessoas." 
Vanessa Monique 



Alguns trechos escritos por Florbela que eu mais gosto:


EU

Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...
Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida! ...
Sou aquela que passa a ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!



VERSOS DE ORGULHO

O mundo quer-me mal porque ninguém
Tem asas como eu tenho! Porque Deus
Me fez nascer princesa entre plebeus
Numa torre de orgulho e de desdém.
Porque o meu Reino fica para além...
Porque trago no olhar os vastos céus
E os oiros e clarões são todos meus!
Porque eu sou Eu e porque Eu sou Alguém!
O mundo! O que é o mundo, ó meu Amor?
— O jardim dos meus versos todo em flor...
A seara dos teus beijos pão bendito...
Meus êxtases, meus sonhos, meus cansaços...
— São os teus braços dentro dos meus braços,
Via Láctea fechando o Infinito.





AMBICIOSA

Para aqueles fantasmas que passaram,
Vagabundos a quem jurei amar,
Nunca os meus braços lânguidos traçaram
O vôo dum gesto para os alcançar...
Se as minhas mãos em garra se cravaram
Sobre um amor em sangue a palpitar...
— Quantas panteras bárbaras mataram
Só pelo raro gosto de matar!
Minha alma é como a pedra funerária
Erguida na montanha solitária
Interrogando a vibração dos céus!
O amor dum homem? — Terra tão pisada!
Gota de chuva ao vento baloiçada...
Um homem? — Quando eu sonho o amor dum deus!


A MINHA TRAGÉDIA

Tenho ódio à luz e raiva à claridade
Do sol, alegre, quente, na subida.
Parece que minh’alma é perseguida
Por um carrasco cheio de maldade!
Ó minha vã, inútil mocidade,
Trazes-me embriagada, entontecida! ...
Duns beijos que me deste noutra vida,
Trago em meus lábios roxos, a saudade! ...
Eu não gosto do sol, eu tenho medo
Que me leiam nos olhos o segredo
De não amar ninguém, de ser assim!
Gosto da Noite imensa, triste, preta,
Como esta estranha e doida borboleta
Que eu sinto sempre a voltejar em mim! ...


FRIEZA

Os teus olhos são frios como espadas,
E claros como os trágicos punhais;
Têm brilhos cortantes de metais
E fulgores de lâminas geladas.
Vejo neles imagens retratadas
De abandonos cruéis e desleais,
Fantásticos desejos irreais,
E todo o oiro e o sol das madrugadas!
Mas não te invejo, Amor, essa indiferença,
Que viver neste mundo sem amar
É pior que ser cego de nascença!
Tu invejas a dor que vive em mim!
E quanta vez dirás a soluçar:
“Ah! Quem me dera, Irmã, amar assim! ... ”







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